CONCERTO

Atlantis Lovelorn Tour - Battlelore + Darkwell + Leaves' Eyes + Atrocity

26 de Novembro de 2004, Hard Club, Vila Nova de Gaia

Convém salientar que as bandas incluídas na "Atlantis Lovelorn Tour" estavam pela primeira vez em Portugal, com data única. Isto para dizer que não se percebe muito bem a pouca afluência de público.

BATTLELORE

A primeira banda a entrar em palco foram os Battlelore e desde logo causaram impacto pelo seu visual. Vestidos com roupas da era medieval, pinturas faciais e o vocalista Tomi Mykkänen empunhando uma espada, dava a sensação de termos recuado no tempo. Sempre muito activos em cima de palco e alguma teatralidade à mistura, não convenceram na parte musical, pois não conseguiram transmitir aquela magia e orquestração, que se houve nos seus discos, talvez por serem a banda de abertura, que como é sabido estão sempre limitados em recursos.


Em todo o caso não se pode dizer que tenha sido uma desilusão, apostando nos seus álbuns "…Where the Shadow's Lie" e "Sword's Song". Temas como "journey to undying Lands", "grasa feliz", "sons of riddermar" ou "sword's song", deixaram um efeito de fantasia e encanto visual, digno de um filme cinematográfico.

DARKWELL

Os austríacos Darkwell iam lançar alguns dias após o concerto o seu novo álbum "Metraton" e foi mesmo com o primeiro single "strange" que arrancaram a sua actuação, mas antes convém dizer que a gravação do intro teimou em encravar, no mínimo umas três vezes, para a próxima convém que o cd não esteja "riscado".
Curioso talvez sim, mas a verdade é que soou bem um cover dos Simple Minds "don't you forget about me". Liderados pela jovem vocalista Stephanie Luzie, o metal gótico dos Darkwell a partir do terceiro tema tornou-se aborrecido, algo repetitivo, com pouca força e falta de atitude em palco, fizeram desta actuação a pior da noite na minha opinião.


Intercalando temas do novo "metraton", tal como "Fate Prisoner" e "crown of thorn", com musicas do seu primeiro álbum "Susperia". "realm of darkness" e "two souls creature - the salvation" foram algumas delas, deram assim por terminada a sua sofrível actuação.
Texto: Adelino Oliveira
LEAVES' EYES

Depois dos Darwell, entraram no palco do Hard Club, os Leaves Eyes, que contam com os mesmos músicos de Atrocity, nas guitarras Thorsten Bauer e Mathias Röderer, no baixo Chris Lukhaup e na bateria Martin Schmidt.
Depois de ter saído dos Theater Of Tragedy, a doce Liv Kristine, nesta noite apresentou-nos o seu novo trabalho a solo "Lovelorn", que sem ser um álbum de "peso", não deixa de ser um interessante trabalho de gothic metal e uma vez interpretado ao vivo tornou-se mais cativante. Abrindo os nossos olhos com a emoção que Liv nos consegue transmitir.


Sempre com uma postura calma, Kristine entrou em palco com "norwegian lovesong", seguido de "tale of the sea maid", ambas cantadas com grande sentimento e deixando o público fascinado com a sua suave voz. Seguindo a mesma ordem do seu álbum de estreia apresentou o tema "ocean's way", um dos meus temas favoritos, que contou com Alex Krull, vocalista dos Atorcity. Vimos assim pela primeira vez o contraste entre o adorável casal, Liv com a sua postura calma e Alex com a sua ira brutal e rebelde, mas que lhe fica muito bem. A entrada de Alex levou a uma revolução no público o qual se mostrou mais participativo e um pouco endiabrado.
Continuando o concerto com "lovelorn", "the secret" e a lindíssima balada "for amelie", com o início tocado por guitarras acústicas.
Para terminar sempre com um som explícito e uma combinação de luzes acertada Liv interpretou "into the light" e "returning to life".


ATROCITY

A finalizar a noite saltaram para o palco, de novo os músicos de Atrocity, desta vez mais participativos. Liderados por Alex Krull, que nos abraçou com o seu à vontade em palco, sempre muito comunicativo veio-nos mostrar o seu último trabalho "Atlantis" e encheu-nos de uma brutal dose de death metal que nos fez vibrar.
Deram um concerto bastante bom, mas foi pena não ter tido mais afluência de público, mas ainda assim tiveram sempre receptividade e participação, principalmente quando Alex puxava da sua fortíssima voz, fazendo balançar as nossas cabeças ao ritmo do seu death metal.



Já as estrelas preenchiam a céu à muito, quando o colectivo alemão nos contemplou com a diabólica "reich of phenomena", que abre o último álbum, um início fenomenal que contou com Liv Kristine.
Formados em 1985, este quinteto seguiu com o tema "necropolis" do álbum "todessehnsucht". Com um som suficientemente bom seguiram-se os temas "god of nation" onde podemos ouvir uns sons mais modernos, "clash of titans" e "enigma", estes dois últimos contaram com a participação de Kristine nos coros.


Do seu trabalho "Werk 80" lançado em 97 ouviu-se "the great commandment" a ecoar entre as quatro paredes do Hard Club, o desfile continuou com "sesons in black" do anterior álbum. "B.L.U.T" e "apocalypse" foram as que se seguiram e no final os músicos saíram de cena e entrou Liv para fazer os admiráveis coros de "omen", enquanto Alex lia um pergaminho onde contava o misterioso desaparecimento de Atlântida, sempre com um ambiente de luzes adequado ao momento.


Ao retornarem ao palco os músicos descarregaram a orelhuda "cold black days". A encerrar presentearam-nos com uma versão de Tears Of Fears "shout", que contou uma vez mais com Liv, sendo mais um tema bem recebido. Assim terminou, mais uma noite magnífica recheada de poder.
Texto: Mónica Oliveira


Fotos: Adelino Oliveira

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