SWALLOW THE SUN + SÓLSTAFIR EM PORTUGAL

14 de Dezembro - Musicbox
Abertura de Portas - 21h30
Inicio do Espectáculo - 22H00

15 de Dezembro - Hard Club (Sala 2)
Abertura de Portas - 20h00
Inicio do Espectáculo - 21H00

Preço dos bilhetes: 18,00 Euros

O doom metal, enquanto tendência musical, sempre carregou um enorme fardo nas suas costas – os riffs arrastados por um lado, por outro a melancolia melódica dos acordes, a morte, a tristeza, a saudade... O ter de lidar com a própria existência e não saber muito bem como. Pesados q.b. e obscuros como breu, mas sempre com uma luz no fundo do túnel, estes são assuntos comuns nos domínios dos finlandeses SWALLOW THE SUN. Quando lançou «The Morning Never Came», o grupo de Helsínquia só tinha a seu favor a proveniência e, de um momento para o outro, encantou toda uma legião de apreciadores de música lenta, depressiva e minimalista. Fiéis à tradição doom, conservando o ocasional ambiente épico, injectam-lhe uma dose controlada de death metal para adensar o peso e, algo que os coloca uns bons metros à frente dos seus competidores, escrevem verdadeiras canções. «The Morning Never Came», «Ghosts Of Loss», «Hope» e o mais recente «New Moon» estão cheios de temas emotivos, em que as guitarras distorcidas e a voz de Mikko Kotamäki fazem o equilíbrio entre um peso sombrio e a calma do nada. Depois de um concerto arrebatador, durante a digressão de promoção a «Hope», o sexteto – que comemora este ano do décimo aniversário – está de volta a Portugal. A data é dupla – no dia 14 de Dezembro em Lisboa, no Musicbox; a 15 de Dezembro no Porto, na Sala 2 do novíssimo Hard Club.

O cartaz inclui, no entanto, mais dois promissores nomes do universo doom metal actual. Os islandeses SÓLSTAFIR transformaram-se numa das revelações do ano passado com o seu terceiro álbum, «Köld», e prometem surpreender com a natureza experimental da sua abordagem ao estilo. Uma viagem em cenário pós-apocalíptico, tranquilidade e violência sonora lado a lado – a recriar o contraste entre a neve e a rocha vulcânica tão característico da Islândia. Com uma base bem sólida de peso e atmosfera, é com um enorme à vontade que usam elementos de rock ambiental e pós-rock. Digamos que fazem jus à atitude exploratória dos conterrâneos Sigur Rós, mas com um incremento de peso muito considerável. As honras de abertura da noite ficam para os MAR DE GRISES, banda chilena que tomou de assalto o universo doom com dois soberbos álbuns e, durante os últimos anos, foi acumulando experiência na estrada. O novíssimo «Streams Onwards» é uma boa prova disso, mantendo a identidade do grupo intacta e adoptando uma atitude mais imediata, que permite aos músicos materializarem as suas paisagens sonoras ainda com mais facilidade e impacto.

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