ANATHEMA REGRESSAM A PORTUGAL


19 de Outubro - Hard Club - Sala 1 (Porto)
20 de Outubro - Paradise Garage (Lisboa)

Abertura de Portas - 20h00
Inicio do Espectáculo - 21H00

Preço dos bilhetes: 25,00 Euros

Há certas bandas que criam música que nos pode afetar emocionalmente de formas que nunca sequer poderíamos ter imaginado nos nossos sonhos mais loucos. E, depois, há os ANATHEMA. Uma inocente brincadeira de amigos, que se transformou num grupo com um talento imenso para escrever canções, ótimas canções, que nos tocam no coração. Cá dentro, bem lá no fundo. Temas carregados de uma emoção palpável a cada nota ou linha vocal, que agarram o ouvinte de uma forma intensa – a que ninguém, nem o mais gélido dos corações metaleiros, consegue ficar indiferente. Dos primeiros registos mais doom às paisagens encantadores dos discos mais recentes, passando pela doce solidão que dominou grande parte dos álbuns que gravaram nos anos que rodearam a viragem de milénio, a banda britânica tem encarado sem qualquer receio ou pudor a missão a que se propôs desde muito cedo na sua carreira – transcender os limites da música como forma de arte.

Ao nono longa-duração e mais de duas décadas depois de se terem juntado, os ANATHEMA mostram que o seu génio não pára de crescer e que a criatividade continua a fluir como se ainda tivessem algo a provar a alguém. O recentemente editado «Weather Systems» pega nas belíssimas paisagens sonoras que dominaram o anterior «We're Here Because We're Here» e aproxima-as ainda um pouco mais da perfeição, com o projeto liderado pelos irmãos Cavanagh a dar um passo derradeiro no estremar dos laços emocionais que se podem estabelecer entre quem cria e ouve música. E é precisamente esse o disco que serve de mote ao regresso do quinteto a Portugal, para uma data-dupla com passagem pelo Hard Club no Porto e pelo Paradise Garage em Lisboa, nos dias 19 e 20 de Outubro, respetivamente. Dois concertos a não perder, que – tendo em conta a relação muito próxima que os músicos foram desenvolvendo com o público nacional ao longo dos anos e a reação entusiasta com que foram brindados na última edição do Vagos Open Air – prometem dar origem a mais duas noites memoráveis, daquelas para recordar por longos anos e, quiçá, partilhar com os filhos ou netos um dia mais tarde.

Ao lado dos Paradise Lost e My Dying Bride, os ANATHEMA completaram a tríade do doom britânico no início dos anos 90, ajudaram a estabelecer os parâmetros para a fusão death/doom e cimentaram-na, por direito próprio, como um subgénero da música extrema. Abraçando o imaginário gótico e cinzentão tipicamente britânico, entre lápides cobertas de musgo, os músicos de Liverpool assinaram, no espaço de quatro anos, algumas das pedras basilares do estilo. «Crestfallen», «Serenades», «Pentecost III» e «The Silent Enigma» estabeleceram a sonoridade, influenciaram toda uma geração e viram o nome da banda inscrito no panteão da música lenta e pesada. Desde «Eternity», em 1995, talvez inspirados pela imensidão de grupos que tentavam recriar o que tinham feito nos primeiros discos, optaram por uma abordagem mais melódica e atmosférica, que deu origem a outros tantos títulos um pouco diferentes mas igualmente incontornáveis – «Alternative 4», «Judgement», «A Fine Day To Exit», «A Natural Disaster» e «We're Here Because We're Here».

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